Desafios para o combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes no Brasil

02/Nov .   Fernanda Ribeiro   .   As raízes da insuficiência do sistema público de saúde brasileiro

COMENTÁRIO DO CORRETOR

Boa tarde, Fernanda! Congratulações pelo trabalho! Tão logo seja possível, consulte cada destaque inserido nas competências avaliadas. Feito isso, continue a exercitar sua argumentação com os demais temas da biblioteca do ENEM, de forma que possa aprimorar ainda mais seu desempenho no presente gênero. :)

  • NOTA GERAL: 920
  • Competência 1 - Demonstrar domínio da norma culta.: 160
  • Competência 2 - Coerência com a estrutura, tema e dados.: 200
  • Competência 3 - Selecionar informações e argumentos.: 160
  • Competência 4 - Utilização de mecanismos linguísticos.: 200
  • Competência 5 - Elaborar proposta de intervenção.: 200

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    Decretada pela Organização das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 assegura a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social. Conquanto, no Brasil, a insuficiência governamental no que concerne à cessação dos casos de abuso sexual de adolescentes e crianças inviabiliza que fragmentos da população desfrutem desses direitos na prática. Nesse cenário, é inteligível que a questão da violação sexual infantil e adolescente é um problema presente no país, tornando necessárias medidas que o combatam.


Hodiernamente, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, o Brasil é a 9ª maior economia do mundo. Nessas circunstâncias, seria indubitável crer que o pais detém um sistema de combate aos casos de abuso contra infantes e adolescentes suficiente. Contudo, a realidade é propriamente o oposto e a consequência dessa divergência é nitidamente visível no problema, visto que, segundo o Ministério da Saúde (MS), entre 2011 e 2017 foram registrados cerca de 141mil ocorrências de violência sexual contra jovens e crianças, o que evidencia a incipiência de ações do Poder Público no que concerne a cessação dos casos.


Além disso, faz-se necessário salientar como impulsionadora do problema, a própria sociedade brasileira que, apesar de consciente diante as causas da questão, insiste em culpabilizar as vítimas, sobretudo, nos casos envolvendo adolescentes, o que ocasiona vergonha e acaba por contribuir com a ininterrupção dos casos. Para mais, faz-se mister frisar que a maioria das vítimas não denunciam seus agressores por medo ou por não entenderem a gravidade do assunto, citando caso análogo à isso: em maio de 2018 duas crianças de 10 anos, após assistirem uma palestra acerca do tema, relataram à professores terem sido vítimas do que foi apresentado pelos palestrantes.


Portanto, fazem-se necessárias medidas que propiciem a resolução do impasse. Destarte, o Ministério da Educação (MEC) deverá promover palestras, nas escolas, que informem às crianças e aos adolescentes como identificar ocorrências de abuso sexual e como denunciá-lo, com o fito de que as próprias vítimas identifiquem e denunciem os casos. Essas palestras também deverão ser oferecidas aos pais, mas, voltadas a detecção de sinais que indiquem que seus filhos possam estar sendo vítimas da questão, com o intuito de que a família possa proceder perante o fator. Por fim, o Ministério da Saúde (MS) deverá oferecer, na rede de saúde pública, consultas e terapias às vítimas da questão, para que possam receber o tratamento adequado à sua situação psicológica. Logo, o problema poderá ser solucionado.